tag:blogger.com,1999:blog-8356543426060677153.post465913940975853972..comments2024-01-02T14:30:36.889-08:00Comments on Tempo e Historias: A Avenida da LiberdadeIvete Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/05206310102217668835noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-8356543426060677153.post-2608287045331597352014-05-16T09:31:06.950-07:002014-05-16T09:31:06.950-07:00Lisboa, no século XIX, à semelhança das outras cap...Lisboa, no século XIX, à semelhança das outras capitais europeias, modernizou-se. O crescimento da cidade à beira rio, quer para Ocidente, quer para Oriente, já estava bem definido. Era necessário abrir a cidade para Norte. O grande eixo da Avenida da Liberdade até às Avenidas Novas iniciou-se e, com o tempo, concretizou-se. Quanto aos rebanhos, nos inícios da década de sessenta, ainda me lembro de os ver nas imediações da Avenida da República...<br />Também tenho um certo fascínio por Duarte Pacheco, como pessoa e como profissional. Viveu em aceleração constante e, do mesmo modo partiu. <br />IfIvete Ferreirahttps://www.blogger.com/profile/05206310102217668835noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8356543426060677153.post-33346637992411738792014-05-16T07:29:22.961-07:002014-05-16T07:29:22.961-07:00Esqueci-me de acrescentar que achei muito curioso,...Esqueci-me de acrescentar que achei muito curioso, porque a terrina que mostra, com uma falta de material na base, estive quase para a comprar há algum tempo, quando os seus vendedores estiveram em Estremoz. Mas já tinha gasto a quantia que trazia disponível, pelo que ... acabou na feira da Avenida! <br />Aliás, gosto bastante destes vendedores, sempre atentos, sabedores do que vendem, muito cuidadosos na identificação das suas peças, como, aliás, deveria ser sempre.<br />ManelAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8356543426060677153.post-19644502972908335122014-05-16T04:37:07.696-07:002014-05-16T04:37:07.696-07:00Luís
Só dei este título ao post porque me lembrei ...Luís<br />Só dei este título ao post porque me lembrei de um texto que tinha lido na Biblioteca Nacional,aquando das minhas investigações sobre moda. São interessantes estas leituras, pois dão-nos uma perfeita imagem da sociedade de finais de oitocentos. O desfilar das equipagens, a um ritmo lento, para que pudessem ser apreciadas, mostrando a riqueza e importância dos seus proprietários. <br />Concordo com o Luís quando diz que a cena pode ter sido tirada de um qualquer filme português da década de quarenta/cinquenta. Vem-me à memória um trecho de uma revista em que a cena do passeio pela Avenida era bem satirizado: as manas Laureanas iam para a Avenida porque era mais concorrida, de braço dado e de passo acertado.<br />Um abraço<br />if Ivete Ferreirahttps://www.blogger.com/profile/05206310102217668835noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8356543426060677153.post-62998323690977522332014-05-16T03:46:34.353-07:002014-05-16T03:46:34.353-07:00Estes arranjos urbanísticos da segunda metade de o...Estes arranjos urbanísticos da segunda metade de oitocentos foram importantes na Europa, devido sobretudo à necessidade de crescimento das cidades, com a afluência das classes rurais à cidade, originada pelo desenvolvimento da industrialização, iniciado no século XVIII.<br />Outras razões importantes para esta reorganização urbana prendiam-se igualmente com a sublevação das classes operárias e movimentos de especulação imobiliária, que grassaram nas áreas urbanas.<br />Todas estas razões levaram a obras importantes que mudaram a face das cidades medievais, transformando-as naquilo que conhecemos hoje. <br />E, não tendo conhecimento do que foram estas cidades no passado, acabamos por lhes achar um encanto muito especial, pois foram cidades criadas para atender uma população em crescimento exponencial.<br />Assim, cidades como Viena, Paris, Londres, Barcelona, Lisboa, e muitas outras, experimentaram arranjos urbanísticos caraterísticos, por razões variadas. <br />Nos finais do século XVII Londres tinha sido totalmente remodelada, dado o grande incêndio, e, mais tarde, pela afluência desmesurada de populações rurais em busca de emprego na indústria.<br />Lisboa, devido ao terramoto, nos finais de setecentos, remodelou-se, e as obras prolongaram pelo século XIX, com o hiato devido à ocupação francesa e à guerra civil, sendo retomadas posteriormente, mas será na segunda metade de oitocentos que a cidade mais se transforma segundo planos mais adequados, da autoria de Ressano Garcia, como bem refere no texto. <br />A especulação imobiliária e os movimentos de urbanísticos devem-se, em alguma parte, à extinção das ordens religiosas, pelo que os seus bens foram vendidos em hasta pública, sendo os terrenos dos centros urbanos, antes utilizados com finalidades agrícolas, loteados e construídos.<br />Grandes avenidas, destruição de parte dos núcleos antigos, com raízes medievais, pontos principais de organização do espaço obtido por grandes praças a que iam ter vias espaçosas organizadas em quadrícula retilínea, segundo um modelo hipodâmico, se, por um lado, facilitavam e ordenavam o trânsito na grande urbe, permitiam também um mais fácil controlo dos movimentos operários, mediante uma célere afluência das forças da ordem aos locais.<br />O barão Haussmann foi um dos protagonistas deste arranjo em Paris e com ele aprenderam muitos outros urbanistas, que levaram estes arranjos para os seus países.<br />Em certa medida, face a uma catástrofe terrível, Lisboa foi precursora destes novos arranjos urbanísticos.<br />Tenho alguma admiração pela ação dinâmica urbanística introduzida por Duarte Pacheco, no Estado Novo, um homem com visão, ainda que sujeito à política de estado. <br />Nestes últimos 60 anos deu-se nova hecatombe urbanística em Lisboa, para dar lugar ao automóvel e a novas especulações imobiliárias, a que teremos, infelizmente, que nos habituar.<br />Um dos meus professores de arquitetura, quando tinha chegado a Lisboa nos finais dos anos 50, ainda se lembrava de ver rebanhos a pastar em plena avenida da Liberdade!!!!!! <br />Peço desculpa pela extensão do comentário, mas serviu-me para organizar ideias<br /><br />ManelAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8356543426060677153.post-84292580675386161442014-05-14T17:14:49.971-07:002014-05-14T17:14:49.971-07:00Cara Ivete
Fazer a avenida, uma expressão que des...Cara Ivete<br /><br />Fazer a avenida, uma expressão que desapareceu quase de todo. Hoje faz-se quanto muito o Colombo, o Dolce Vita ou vai-se ao Continente, tomando caminho por uma via rápida.<br /><br />Eu como moro no centro de Lisboa, por vezes apanho ainda resquícios desse tempo em que se passeava pela Avenida. Recentemente, tive no meu prédio uma velha louca que passava dia e noite a gritar. Depois de dois anos de inferno, finalmente conseguiu-se chamar a polícia, a polícia de proximidade, os bombeiros, o delegado de Saúde, os assistentes sociais, os técnicos do Miguel Bombarda e reuniu-se uma pequena multidão de cerca de 20 pessoas para tirar a Senhora, que se tinha fechado às sete chaves em Casa. Tiveram que entrar pelas traseiras, partiram um vidro, imobilizaram a Senhora e depois arrombaram a porta para poderem sair. Ao fim de umas boas duas horas, a velha louca saiu do prédio aos gritos, pelos braços de dois polícias daqueles latagões. Um dos polícias que a segurava, um jovem musculoso, dizia para a acalmar "agora, a Senhora vai passear para a Avenida de braço dado com os seus dois namorados". Foi pior a emenda que o soneto e a velha louca, presa em cada braço por dois polícias saiu da rua aos gritos "eu não sou mulher de homem nenhum!!!, eu não sou mulher de homem nenhum!!!"<br /><br />Foi a última vez que ouvi a expressão passear na avenida e nunca mais me vou esquecer dessa cena, digna de um filme cómico português dos anos 30.<br /><br />Um abraçoLuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.com